Escrita e(m) partilha

O tema desta semana é uma fotografia:

Luz

E se ao iniciar o caminho,
Inóspito ou liso,
Não soubermos o destino?
Mais do que o destino,
Não nos reconhecermos destinatário do trilho?
Uma luz-guia nesta passagem de vida…
Um farol do conhecimento que direciona, orienta…
Passo a passo clareia o percurso!
E por fim chegamos,
E por isso em casa estaremos…
Um rio encontrando o caminho, na fluidez da verdade, para o mar em clareza interior.

Aluna: Carla Santos

Terceiro olho, o farol

O farol está a emitir
a luz, num feixe luminoso e muitas distâncias então a atingir.

É uma fonte de proteção que está a alertar,
os possíveis visitantes que da costa podem se aproximar.

E num sistema de rotação,
detecta movimentos em toda direção.

E como o farol o meu terceiro olho estar,
lançando a sua luz longínqua e brilhante no meu caminhar.

Uma clareza que me possibilita ver, as curvas, sinalizações e diretrizes que tenho a percorrer.

E algumas vezes eu estou a detectar, acontecimentos que é lá na frente que eu vou experienciar.

Alguns chamam isso de clarividência,
um dom ascendido na nossa consciência.

E as emoções estão a borbulhar, vividas através dos 5 cincos sentidos com mensagens a interpretar.

Mas é o grande farol que vem realizando neutralizações , e através da clareza diminui a intensidade das emoções.

Terceiro olho, o grande portal, que nos mantém conectados com o Cosmo, com o mundo astral.

Um canal onde as energias cósmicas então a percorrer, nos fornecendo insights e iluminando o nosso Ser.

Aluna: Aildes Andersen

RIO

Também tu
nasces de dentro,
tímido, frágil,
tateando a medo
o caminho que não conheces, sem saberes onde te leva.

As margens que te vestem aprisionam-te, condicionando o teu ir.
Vais crescendo e criando novas formas.

Às vezes…
juntam-se-te outros como tu
e sentes-te mais forte
nessa união.

Nesse ir,
entre serras e montanhas
vales e planaltos,
os desafios são tantos.

Momentos há,
em que não consegues mais conter as lágrimas
que te caiem do céu.

O teu leito já não te chega
e soltas-te de ti
e invades o que não é teu

Outras vezes
tão grande é a fúria
que te lanças pelo ar,
feito catarata,
num grito alucinante de dor.

Depois, envergonhado,
como quem pede perdão,
retiras-te deixando mais férteis essas margens avassaladas.

Mas há também
momentos de dádiva
quando, escondido,
viajas até te tornares lago.

E ofereces-te
numa serenidade
feita espelho.
Retendo em ti
tudo o que te rodeia,
te espreita.

Pouco a pouco
vais ouvindo o chamado
do teu destino.

Ao longe
vislumbras a luz do farol
que te diz que a viagem chegou ao fim.

Olhas para trás e percebes que afinal
não houve provas
nem batalhas
a serem vencidas
apenas vida a ser vivida.

Avanças e te diluís
sem te perderes
enquanto rio
sem te ganhares
enquanto mar
apenas te encontrando
como o que és
somente ÁGUA

Aluna: Adelina Carvalho

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