Escrita e(m) partilha
Na primeira semana do grupo sugerimos uma imagem, a fotografia do nosso grupo, para inspirar a criatividade na forma de um texto, com base nos conhecimentos de Vedānta.
Carvoeiro
Eu estou as gaivotas a contemplar lindas, leves e livres à voar,na infinitude do céu azul, refletido no azul do mar.
E gaivota agora eu Sou!Observando lá do alto a criação, através do Criador (Brahma).
Carvoeiro! Para onde eu estou a me transportar,que beleza infinita meus olhos estão a contemplar… Ups! Uma interrupção, a mente agitada me tirando a concentração!
Mas é em Carvoeiro que eu quero relaxar, sentindo a brisa fresca e as ondas do mar. Ups! Lá vem a mente de novo com outra preocupação, me lembrando do trabalho e de uma reunião.
Neste momento, no meio a agitação, ouço a voz positiva do Mestre trazendo uma orientação: “Para os devaneios da mente o mantra deves recitar, isso trará tranquilidade e te encaminhará para paz.”
O mantra eu faço com devoção, embora a mente volta e meia faz uma nova apresentação. Por isso o mestre esteve a dizer: “Para vencer a mente perseverança é preciso ter.”
O mantra eu estou a repetir e depois de 540 a mente deixa de existir.E Carvoeiro Eu estou a observar através dos olhos da gaivota onde Brahma também está.
Aluna: Aildes Andersen
Viagem
Navego dentro de mim
num oceano imenso de promessas e temores
qual marinheiro buscando para além do que vê
buscando para além do horizonte
E nas águas agitadas sou Cabo das Tormentas mas também da Boa Esperança
Sou a água que contém o céu em si espelhado
Sou golfinho e gaivota
Tudo e nada
Apenas Sou
Aluna: Adelina Carvalho
Por esses céus
E sigo
Sigo por esses céus afora
Num voo convicto,
entre brisas refrescantes,
entre ventos estonteantes!
E sigo
Por esses céus afora
Sem perder o rumo
sem perder o balanço
E sigo
Por esses céus afora
E finalmente vejo uma luz que brilha,
E sigo
Por esses céus afora
A luz intensifica-se, e envolve-me em abraços reconfortantes.
Paro e contemplo essa luz que me abraçou
É a luz do conhecimento!
É a luz de Vedanta!
Aluna: Susana Santos
Ganhar asas
Serenidade na existência,
Interno desafio…
Quando observamos
o plano infinito
e as marés vivas se agitam
em águas desconhecidas
de vivências,
precipitação de sensações
misturadas com questões que afloram subitamente…
A proposta de acordo
connosco
será levantar vôo!
Num desprendimento
de tudo o que é externo,
integrar a aprendizagem.
Ganhar envergadura de asas
para almejar a quietude.
Aluna: Carla Santos
Liberdade
As ondas do mar convidam
Minha respiração para dançar
No vai e vem da dança
Sinto meu corpo se entregar
Aprecio o vôo livre das gaivotas
Sinto a tranquilidade do mar
A profundeza do azul
Convida minha mente a serenar
No palco do mundo
O espetáculo divino
Passa sem cessar
E então descubro
Que a liberdade que eu busco
Encontro ao contemplar
Aluna: Juliana Giarola
Liberdade
É o segredo escondido por trás de cada desejo nesse mundo de dualidade. É a busca inerente de todo ser humano. Mas o que ela é afinal? Seria passar a não sentir desejos, emoções ou sofrimento?
Ou será que a liberdade seria se desapegar deles, passando a apreciar momentaneamente os seus sabores? Sentindo o gosto melancólico da desilusão amorosa ou a acidez da raiva e a doçura da alegria. Percebendo que, ao olhar para eles com os olhos da verdade, eles não mais estarão. Eles são apreciados de forma diferente quando sabemos que são tão passageiros. Eles vão e vêm como os pássaros no céu, sem dizer da onde vieram nem pra onde irão. Simplesmente passam. E quando já não temos mais apego a eles, estamos desapegados do desejo de sermos livres
Aluna: Licia Medeiros
Rendição
Nesse momento da minha existência eu venho repousando no meu Ser para encontrar os estados de calma e tranquilidade para obter o conhecimento e autoconhecimento.
Eu estou andando devagar, com mais leveza e confiando que eu estou sendo direcionada por uma sabedoria maior na senda da espiritualidade. O aprendizado que venho recebendo me auxilia a refleti e a não transformar situações cotidianas em um campo de batalha. Eu estou aceitando melhor a maneira que os fatos vêm ocorrendo na minha vida, sem fugas ou negação.
Apesar de vivermos na dualidade do ser. Eu observo os acontecimentos e situações com menos julgamentos, me permitindo assumir uma postura de neutralidade, obtendo as lições das situações que estou experienciando.
Eu estou em rendição procurando aceitar os fatos ocorridos na minha vida independente da maneira que vêm surgindo.
Eu simplesmente entro em estado de entrega, rendição fé e gratidão!
Eu escolho confiar na sabedoria invisível, no Macrocosmo , na Presença do Brahma Verdade que vive em cada um de nós e em todos os Seres. Um estado de presença que me eleva e neutraliza o medo, perda, dor e sofrimento. E quando me deparo neste estados de baixa frequência vibratória, compreendo a desconexão e o sentimento de falta que está associado a ignorância do Ser.
Em contato com a natureza me reconecto com a abundância, com a criação, com a mente Superior. Eu entro em estado de rendição.
Rendição por Tudo que É!
Me rendo em humildade diante da Supremacia do Todo. Eu abandono as minhas expectativas e me entrego em humildade e receptividade para receber o conhecimento.
Aluna: Aildes Andersen