ज्योतिष – JYOTIṢA -III

III – O mapa natal (Jātaka)

A posição dos corpos celestes num determinado momento e local é simbolicamente representada num mapa, denominado horóscopo ou mapa natal, quer estejamos perante o nascimento de um indivíduo ou perante um determinado evento.Apenas quando está perante dados muito precisos em termos temporais e espaciais, o astrólogo possui condições para efetuar interpretações e previsões corretas e fiáveis.A representação gráfica do mapa natal na astrologia védica (imagem A) difere graficamente do que é utlizado na astrologia ocidental (imagem B).
Imagem A

Imagem B

Dentro da representação gráfica dos mapas védicos, os astrólogos do norte da Índia utilizam o estilo de losango (Imagem A, lado esquerdo) enquanto que os astrólogos do sul da Índia utilizam o estilo em formato de quadrado (imagem A, lado direito).Em todos os mapas a divisão é feita em 12 partes ou casas (bhavas) representando 12 áreas da vida de um ser humano, sendo que cada casa corresponderá, na maior parte das abordagens dos astrólogos, a um signo inteiro: 12 casas, 12 signos.No mapa do norte da Índia, o mapa é lido no sentido anti-horário. Todos os ângulos de cada casa apontam para o centro e são bem visíveis. Neste estilo, as casas (de 1 a 12) são fixas nesta posição e os signos vão “rodando” de acordo com o signo do ascendente (acerca do qual falaremos mais tarde), um dos pontos mais importantes do mapa (a posição da lua é igualmente muito importante na astrologia védica, sendo muitas vezes utilizada esta posição também como ponto ascendente).

No mapa do sul da Índia, o mapa é lido no sentido horário. Aqui cada signo é uma “caixa”. Os signos estão fixos e são as casas astrológicas que “rodam”, com os signos na mesma posição fixa. Muitas vezes o signo ascendente é marcado com uma linha diagonal.Ao contrário do que acontece na representação utilizada no ocidente, estes mapas védicos contêm muito pouca informação no interior dos mesmos. São utilizadas tabelas anexas com toda a informação.

O mapa é o palco onde todos os karmas se expressam e revelam. Campo material, mental, emocional, espiritual, tudo se manifesta e interage neste grande jogo que é a vida. Através dos corpos celestes, das suas posições no mapa e das relações que estabelecem entre si, o jīva (indivíduo) obtém a oportunidade de se conhecer melhor, compreender os seus múltiplos papéis nesta sua manifestação física, compreender e aceitar os seus karmas e com base numa maturidade emocional e vivência espiritual, transcender o ahaṃkāra (ego, senso de individualidade) e integrar a visão da realidade única, ilimitada e plena da consciência divina universal.

Maria João Coelho

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