ज्योतिष – JYOTIṢA – 6

 

Grahas

No ocidente falamos em planetas. Mas a palavra graha vai mais longe do que a simples tradução para o sânscrito da palavra planeta. Na verdade, a palavra graha inclui em si significado como “algo que segura”, “algo que prende”, “algo que aprisiona”. Isto acontece na medida em que os grahas (planetas), conforme o seu posicionamento celeste e terrestre, indicam o karma a ser experienciado pelo indivíduo nesta manifestação terrena, conforme karmas passados acumulados, conforme já tivemos oportunidade de abordar na newsletter de junho. E este fato, só por si, acaba por nos aprisionar, retirar alguma liberdade. Passado, presente, futuro, existência física, emocional, mental, tudo se move ao sabor das leis cósmicas refletidas também nestes corpos celestiais.

Os grahas relacionam-se com cada aspeto da vida na Terra: vida vegetal, vida animal, vida humana, todo o destino individual se entrega a esta dança cósmica, representada pelos grahas, que não são mais que diferentes níveis de consciência.

Os grahas são nove (navagrahas):  os dois maṇḍala-grahas Sūrya (Sol) e Chandra (Lua), os luminares que são aqui também considerados e que possuem discos amplos; os cinco tārā –grahas, Maṅgala (Marte), Budha (Mercúrio), Guru (Júpiter), Śukra (Vénus) e Śani (Saturno), que do ponto de vista terrestre se assemelham a estrelas errantes e dois ChāyāGrahas, os nodos lunares, Rāhu e Ketu, que são sombras da Lua, pois não possuem corpo físico.

Sūrya e Chandra são os mais importantes, pois enquanto que Sūrya lidera e ilumina todos os outros grahas, estando associado à consciência Ātman, Chandra, reflete o brilho de Sūrya durante a noite e está associada à mente (manas). Os tārā –grahas estão associados aos cinco elementos do corpo físico e aos cinco sentidos. Os ChāyāGrahas representam inclinações da mente: Rāhu está ligado ao caminho da experiência e do prazer, enquanto que Ketu relaciona-se com a renúncia e a introspeção.

No ocidente consideram-se também os planetas Urano, Neptuno e Plutão. Embora tradicionalmente na astrologia védica eles não sejam referidos na literatura clássica (apenas os planetas visíveis a olho nú), existem vários astrólogos védicos que os consideram nas suas análises, pois efetivamente podemos constatar uma real influência destes no mapa natal de um indivíduo.

Cada um dos grahas vai ter a sua própria natureza, vai estar associado a determinadas caraterísticas bem específicas, vai ter a sua força, vai estar relacionado a determinados rāśis (signos) e determinados bhāvas (casas astrológicas), e vai ser significador de determinados assuntos, pessoas ou eventos.

A foto acima, foca na personalização dos grahas, de acordo com a deidade que preside a cada um deles.

Compreender as qualidades de cada graha, é uma maravilhosa oportunidade para entender melhor os arquétipos associados a cada um deles e meditar no seu significado mais profundo!

Nas próximas edições iremos abordar pormenorizadamente cada um dos navagrahas.

Hari Om

Maria João Coelho

Fonte foto: https://astrologiaabav.org/blog/2019/07/22/planetas/

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