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Gurupūrṇimā (गुरुपूर्णिमा)
Gurupūrṇimā é um dia dedicado a reconhecer, honrar e reverenciar aquele ou aqueles que consideramos os nossos Gurus (Guru (गुरु = गु escuridão + रु dissipa = “aquele que dissipa a escuridão”), sendo celebrado no primeiro dia de lua cheia, após o solstício, no mês hindu de Āṣādha (julho-agosto).
Este dia também é celebrado como Vyāsa Pūrṇimā, o dia em que o sábio Veda Vyāsa nasceu. Além de ser considerado o autor do épico Mahābhārata, o mesmo compilou os Vedas.
Num mundo em que às vezes é difícil discernir o que é um verdadeiro Guru, há características e valores que nos trazem clareza sobre se quem reverenciamos é um verdadeiro Mestre.
É através da sua conduta dentro e fora de aulas, que observamos essa Verdade refletida em cada ação.
Para mim e, acredito que para todos nós, o Professor Paulo tem sido um verdadeiro exemplo dessa conduta dhármica e de expressão do Conhecimento em pequenos e grandes gestos, numa atitude totalmente altruísta, amorosa e assertiva com que, ao longo destes 7 anos, têm permanecido um Norte contínuo nesta Vida.
Nas palavras do querido Swami Sadātmanandaji “ (…) Quando o estudante qualificado vai ter com o professor, o guru definitivamente ensinará. O estudante tem de invocar o guru na pessoa sábia através de uma atitude correcta, seva, etc. e então o ensinamento é dado. Uma pessoa sábia não se considera o guru de toda a gente.
Perguntaram ao Pujya Swamiji Dayānanda uma vez – “Considera-se um guru indiano?”
Swamiji disse – “Não, eu sou um guru em relação aos meus discípulos”.
Sem ar ou complexo sobre ser um jagadguru.
Qual é a atitude do śiṣya (aluno) para com o guru?
A atitude do śiṣya é uma atitude de gratidão pelo ensinamento recebido. Se o śiṣya puder olhar para o guru como uma expressão de Dakṣinamurti, essa é a melhor forma. Caso contrário, pelo menos, olhe para o guru como uma expressão das bênçãos de Iśvara. Pela graça de Iśvara, o guru apareceu na minha vida.
Qual é a atitude do guru em relação ao śiṣya?
O guru não menospreza o śiṣya. O guru olha para o śiṣya com amor e respeito. A sua expressão de respeito é diferente na forma de não tomar nenhuma aula como garantida e de não tomar nenhum aluno como garantido. Nesta atmosfera de amor e respeito mútuos, só assim, este vidyā pode ser comunicado. Quando este vidyā é recebido pelo śiṣya, então também o śiṣya continua a sentir gratidão.” *
Neste dia e nesta tradição, o alun@ demonstra, naquilo que é a sua possibilidade, a gratidão profunda que tem não só pelo Professor, mas por toda a linhagem de Professores e Mestres que mantêm o conhecimento vivo.
Quem sentir dar um donativo neste dia, poderá encontrar abaixo diferentes formas de doação para o Professor Paulo.
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Mbway – 934867182
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Professor Paulo, gratidão infinita por seres uma Presença constante nas nossas Vidas.
Que este profundo agradecimento neste dia e em todos que se seguem seja sentida e refletida em palavra, pensamento e ação.
ॐ श्री गुरुभ्यो नमः |
Inês Ritto
*Excerto retirado e traduzido de uma Palestra do Swami Sadātmanandaji por ocasião das Celebrações do Gurupūrṇimā no AVG, Anaikatti a 3 de julho de 2023.
** Imagens retiradas de: quora.com e tattvavidya.blogspot.com
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Testemunho dos Alunos- Joel Monteiro
Conheci o professor Paulo Vieira em Junho de 2018, quando da vinda do professor Jonas Masetti a Portugal para fazer o caminho de Santiago. Nessa altura, houve dois workshops sobre o tema “O caminho do buscador na Tradição Védica”. Gostei de os ouvir falar e fiquei satisfeito por, finalmente, termos um português com o Conhecimento de Vedanta obtido junto de um mestre como o Swami Dayananda. O professor Paulo tinha acabado de lançar o seu primeiro livro “Preces matinais antigas da Índia”.
A vida tem sido uma sucessão de encontros, uns bons e outros nem por isso, mas que me serviram para ganhar experiência e encontrar o meu caminho.
Foi por curiosidade que comecei a praticar Yoga em 1997. Encontrei um “pseudo mestre” de uma Associação e tirei lá um curso de professor de Yoga. Em 2006 abri um Centro de Yoga (Alverca do Ribatejo). Saí dessa Associação por discordar do comportamento incoerente e egocêntrico do dito “mestre”. Senti-me então perdido, enganado e sem apoio prático e filosófico, mas continuei sempre com as aulas de Yoga.
Na dita Associação por onde andei, tinham-me ensinado que o Vedanta era oposto ao Sāṃkhya, que o Sāṃkhya é que era o primeiro, o mais genuíno, puro e antigo darshana (doutrina filosófica hindu), que o Vedanta não era tântrico, não era matriarcal, que o Vedanta preconizava o celibato, enfim, que o Vedanta não interessava.
Ouvi então falar do professores de Yoga Pedro Kupfer, Miguel Homem e da professora de Vedanta Glória Arieira. De workshop em workshop fui percebendo o novo caminho do Vedanta. Fui esclarecendo dúvidas, eliminando fantasmas psicológicos ligados aos aspectos religiosos (na época considerava-me um ateu convicto). Houve uns textos do Swami Dayananda, que fizeram o “click” que eu precisava. Esses textos chamam-se “Dois estilos de vida”, “Trazendo o Vedanta para a vida” e “Só Deus”. Aquelas palavras que li fizeram sentido para mim, era assim mesmo que eu pensava. Finalmente, encontrei quem tinha um conhecimento firme, coerente, lógico e esclarecedor. Alguém que ia ao fundo das questões, as colocava de modo simples, não dogmático e respondia com lógica e sabedoria.
Em 2009 comecei a ouvir as lições da professora Glória Arieira todas as semanas, durante 3 anos. Foi quando, pela primeira vez, comecei a ouvir com detalhe e de um modo mais profundo, o conhecimento transmitido pela Bhagavad GÍtā e a desmistificar o que era o Vedanta e o Sāmkhya. Depois, em Fevereiro de 2015, estive em Rishikesh onde tive a bênção de estar em palestras do Swami Dayananda, ao vivo. Mais tarde, em 2017, ao pesquisar na internet, encontrei o professor Jonas Masetti. Como ele pertencia á linhagem do Swamiji, inscrevi-me como aluno.
O estudo mais profundo do Vedanta, levou-me ao contacto com o professor Paulo. Hoje, já reformado, estou mais tranquilo relativamente às minhas dúvidas iniciais e sei que o professor Paulo é capaz de fazer crescer a divulgação deste Conhecimento, de nos ajudar a assimilar e contemplar que afinal tu já és Pleno. Sinto-me confiante por este bem tão precioso, que é o Conhecimento, ter continuidade.
Om namah Shivaya.
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Testemunho dos Alunos – Ricardo Barreto
Desde adolescente que sou fã da expressão “carpe diem”, mas é interessante como a interpretação do seu significado tem vindo a mudar para mim. Até ter encontrado yoga e āyurveda sempre vivi focado nos prazeres imediatos e dava pouca importância às possíveis repercussões das minhas ações.
Não tendo sido muito dado à espiritualidade, com o yoga fui ganhando uma perspectiva diferente da realidade e “carpe diem” passou a ter outra dimensão, já não era só o prazer imediato, havia algo mais a ser explorado. Uns anos mais tarde, pelo āyurveda, fui ganhando consciência da responsabilidade que tenho sobre as diferentes áreas da minha vida e então, “carpe diem” ganhou uma vertente de qualitativa, já não é só aproveitar o dia mas sim aproveitar o dia de maneira a que o próximo tenha mais qualidade. Há uns anos encontrei vedanta e comecei a perceber que tudo o que tinha conhecido anteriormente, ainda que profundo, não estava enraizado.
Já tinha ouvido falar do Professor Paulo mas o meu primeiro contacto directo com ele foi através de aulas de sânscrito. Ter conhecido o Professor foi despertando em mim o desejo de estudar Vedanta de forma estruturada. Comecei por fazer os cursos introdutórios e foi uma descoberta maravilhosa. Ter acesso a este conhecimento passado de forma tão profunda e articulada é uma experiência transformadora. Comecei agora mesmo o estudo da Bhagavadgītā e estou super entusiasmado para aprofundar o meu conhecimento.
Tem sido uma benção poder estudar com um Professor Tradicional com a habilidade e agilidade necessárias para navegar as limitações dos alunos. A remoção de ignorância acerca de nós mesmos não é tarefa fácil, mas ter um alguém genuíno que nos leva pela mão por este processo é algo que não deve ser desperdiçado. O caminho é longo e a minha jornada ainda agora começou, mas tenho toda a confiança no Guia.
Obrigado por me mostrar que não pode haver verdadeiro “carpe diem” sem o conhecimento do Eu.
Parabéns a toda a equipa do Centro Āṛṣavidyā pelo trabalho fenomenal.
Ricardo Barreto
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Testemunho dos Alunos – Vanessa Sander
Conheci o Professor Paulo em um momento que vinha pedindo muito a luz, o amparo da verdade, e a presença de Deus, fazia a leitura de um material ou outro e recém tinha rompido um relacionamento ao qual tinha muito apego. Mesmo com essa dedicação tinham dúvidas e sombras que pairavam na minha mente e tiravam minha alegria de viver, constantemente. Um certo dia, enviei um áudio para o professor, solicitando ajuda, eu me via presa em situações que minha experiência, e conhecimento não conseguiam resolver. Quero ressaltar aqui, o quanto a compassividade do Professor Paulo, a ausência de julgamento fizeram com que eu conseguisse ver uma Vanessa, sem as sombras que a perseguiam, pedi então qual curso deveria fazer e ele recomendou Tattvabodha – aqui realmente eu consegui me conectar com o imperecível, com a verdade! Chega a ser difícil mensurar as consequências desse aprendizado.
Para mim, particularmente o que teve de mais rico, foi a compreensão do meu papel, isso me ajudou a ser muito mais assertiva com minha filha, paralelamente a isso, eu senti mais força e me capacitei para me diferenciar das dores e sofrimentos, sejam eles meus ou não, com essa força, tenho conseguido me empenhar em projetos profissionais que sempre sonhei, mas que não saiam do papel. Tenho mantido minhas práticas e mantras diariamente, conforme a recomendação do Professor, me sinto mais feliz e realizada do que nunca, sinto também que dou mais liberdade para as pessoas do que jamais experimentei e ainda assim consigo entregar coisas valorosas para a Vida, porque tomei para mim tudo aquilo que recebi com profunda gratidão. Sei que minha jornada só está começando, Obrigada Professor e toda equipe, serei sempre grata!
Vanessa Sander
Psicóloga e Coach
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Testemunho dos Alunos – Ana Carolina Teibão
Recordo algo que o professor disse numa das nossas aulas : “quando esgotamos todas as possibilidades, todos os escapes mundanos em prol daquela necessidade que sentimos e é natural no ser humano de libertação, encontramos o Vedanta” .
Foi em plena pandemia que, pela mão de uma grande amiga e astróloga, a Maria João Coelho, comecei a participar das aulas de zoom do professor Paulo Vieira. Aquele tornou – se o meu espaço semanal de rendez-vous e fé, enquanto atravessava certas tempestades desafiantes no alto mar da minha existência. Como me tocou tanto e foi tão especial, decidi ingressar no estudo da Kathopanishad.
Para além do conhecimento intelectual, de toda uma visão do mundo que este estudo traz, de vislumbre lógico e inteligente de como tudo no mundo está perfeitamente interconectado; é um conhecimento que nos transforma internamente,destrói maus hábitos e crenças de pensamento, favorecendo uma mente mais tranquila. Por conseguinte, concretiza-se numa maior harmonia nos relacionamentos e num maior discernimento para fazer escolhas e encontrar soluções . A forma como o professor exprime o conhecimento é divertida, suave, clara, e extremamente profunda. Muitas vezes fico dois, três dias ou até uma semana a sentir o efeito de uma aula.
Este estudo materializou-se também numa nova vida para mim, a vida da minha filha Inês. Vivenciei, com a bênção de Ishvara a beleza de toda a conexão em verdade do que me foi instruído pelo professor, a quem sou eternamente grata.
Atualmente continuo o meu estudo, agora da Mundaka Upanishad e o meu maior desejo é de que eu possa seguir neste caminho, a cada dia me permitindo, abrindo e entregando a mais e mais transformação, rumo a moksha. Assim termino o meu testemunho em gratidão profunda Namaste.
Ana Carolina Teibão
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Testemunho dos Alunos – João Luz
Olá, o meu nome é João, sou aluno de Vedanta, nem sempre tive uma vida espiritual, aliás tive uma adolescência, algo rebelde. Contudo a idade trouxe-me, discernimento e vontade de aceitar, tudo aquilo que a sociedade tem para oferecer. Pôrem apesar de ter tido bons resultados, tanto a nível financeiro, como conjugal com dois filhos e um grupo de amigos influentes, constatei que não era realmente feliz, vivia num estado de angústia e ansiedade, com um sentimento de inadequação, perante as pessoas que me rodeavam, e seus objetivos de quererem sempre mais.
E foi assim, que cheguei até ao yoga, na expectativa de encontrar equilíbrio físico e mental. Depois, Vedanta que ouvi falar pela primeira vez, em conversa com os meus professores de Yoga, a palavra Vedanta, captou de imediato a minha atenção e curiosidade, o que me levou a pesquisar sobre o tema. Tudo ressoou em mim de tal forma, que decidi aprofundar este conhecimento e procurar um professor, como sugere a tradição.
A escolha de um professor atualmente, não é tarefa fácil, na medida que se encontra todo o tipo de informação da internet.
No entanto, na primeira abordagem com o Professor Paulo, fui tocado pelo seu discurso afável, simples e objetivo. Sinto-me abençoado, por ter encontrado um professor assim notável, dedicado e comprometido com o ensinamento.
Em que aula após aula foi dissolvendo os meus paradigmas, removendo crenças, trouxe-me Insights, clareza e objetividade. As minhas questões mais profundas foram tendo respostas e o modo como via o mundo e a mim próprio foi mudando, e tudo se transformou, em harmonia e quietude.
Gratidão, querido Professor!
João Luz
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Testemunho dos alunos – Maristela Córdova
Meu nome é Maristela, nasci no sul do Brasil, e me transferi para Portugal porque minha filha única se casou, veio para Portugal e logo nasceu meu netinho Miguel (hoje com 5 anos de idade). Mas toda essa mudança aconteceu num momento da minha vida em que eu havia decidido viver uma boa temporada na Índia, só que não foi possível concretizar esse plano. Temas como espiritualidade, autoconhecimento, yoga, āyurveda e Vedānta já faziam parte da minha vida por diversos caminhos e diferentes formas.
Sendo aluna de Vedānta desde 2015 no Brasil, ao chegar em Portugal (em 2018) eu soube que havia aqui o professor Paulo Vieira que havia retornado a pouco tempo do seu retiro de quase quatro anos na Índia. Pesquisei nas redes sociais e acompanhei virtualmente um pouco da história da criação e abertura do Centro Ārṣavidyā, e das atividades e palestras que o professor promovia em vários locais na região do Porto.
No início de 2020 tive o privilégio de participar presencialmente da celebração de inauguração do Centro, na Maia, e foi aí que começou a minha conexão com o professor Paulo Vieira. Lembro-me muito bem do meu encantamento, naquela tarde, ao ouvir do professor Paulo a história de como o Centro foi criado a partir de uma antiga casa e um celeiro que pertencem à sua família por gerações! E hoje, neste momento, cá estamos nós alunos a oferecer nossos depoimentos e a honrar nosso estudo e nosso crescimento interno tendo o professor Paulo como nosso guia.
Ouvir as aulas do Professor Paulo, interagir e receber dele o conhecimento, tem sido para mim uma fonte constante de transformação pessoal e de quebra de paradigmas internos.
O professor tem ao mesmo tempo uma generosidade, uma suavidade e uma força na sua forma de ensinar e de interagir. Às vezes ele é suave como a brisa, às vezes ele é como a força do vento a nos tirar do lugar-comum em que o ego insiste em permanecer. Sinto a verdade das palavras do professor. As palavras dele têm muita vida! Quando desdobra de forma tão hábil a Upanishad numa aula, quando fala do Eu e do Absoluto, de Iswara e do Jiva, do Ego e do Ser… suas palavras ecoam em mim de uma forma tal que naquele momento eu tenho certeza absoluta de que é sobre mim que ele está a falar.
E essa certeza se manifesta na minha mente com a mesma clareza de que – antes de mais nada – o professor é um ser humano, possui sua vulnerabilidade própria, carrega uma história de vida, passou pelo seu próprio processo de transformação pessoal através dos mestres, foi abençoado com o conhecimento, e por isso mesmo ele compreende a minha humanidade, a minha limitação, a minha vulnerabilidade e pode guiar-me nesta senda para a dissolução da minha ignorância.
Estudar Vedānta é algo tão raro neste mundo, ainda mais no mundo ocidental! Estudar Vedānta com o professor Paulo, e interagir em colaboração ao Centro Ārṣavidyā, é uma oportunidade que a vida me deu de estar próxima do conhecimento e permitir que esse conhecimento envolva meu ser e provoque na minha mente a transformação que precisa ser feita até que essa personagem cheia de limitações e karmas seja dissolvida na luz da verdade.
A esse querido professor que me tira do lugar-comum e me conduz para fora da minha limitação eu ofereço meu reconhecimento, a minha reverência e essa gratidão imensa que brota no meu coração por essa oportunidade de ser sua aluna. Hari Om!Maristela Córdova
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Testemunho dos Alunos – Fabrícia Eisted
Namaste!
Eu sou a Fabrícia, brasileira, mãe, esposa, residente na Dinamarca e uma das alunas do Centro Arshavidya.
Descrevo aqui a minha jornada no caminho de Vedānta, e espero que possa inspirar outras pessoas que buscam o autoconhecimento através de Vedānta.
Estudar com o Professor Paulo tem sido para mim uma bênção. Desde o momento que desejei aprofundar no estudo e o Professor Paulo me acolheu, assim comecei o estudo da Bhagavadgītā em Abril de 2020.
O Professor Paulo é muito atencioso com os alunos: um dos privilégios de estudar com ele. É sempre muito cuidadoso ao responder as perguntas pessoais, assim como as perguntas do grupo de alunos sobre diversos temas e assuntos relacionados às aulas ou não.
Em Maio de 2020 iniciei o estudo de canto com a colaboradora do Centro Inês Gama, em Setembro de 2020 iniciei o estudo de Sânscrito junto com o estudo da Kathopaniṣad. Em Março de 2021 fiz o curso de pūjā com o Professor Paulo, e sempre que posso faço a pūjā mais elaborada com a convicção de que ajuda à mim, minha família, e a sociedade.
Os benefícios obtidos desde o início do estudo de Vedanta são inúmeros, mas para dar alguns exemplos: tenho vivido uma vida mais harmônica com a minha família, no meu trabalho e principalmente comigo mesma, me respeitando, respeitando meus limites e expressando-os.
Também estudo Āyurveda e Psicologia do Yoga e me deslumbro ao perceber como os ensinamentos de Vedānta, Āyurveda e Psicologia do Yoga se complementam.
Quero terminar com o conselho para melhor progredir no estudo de Vedānta que muito sabiamente foi partilhado conosco pelo Swami Sadatmananda em uma Palestra de Gurupurnina em Julho de 2021:
“Tente ver a relevância de Vedānta na nossa vida. Vedānta não deve ser estudado com uma abordagem acadêmica. Não é uma questão de ser estudado para um exame ou conseguir um diploma. É uma questão de descobrir a nossa verdadeira natureza, uma questão de amadurecer no processo, ficarmos mais aceitáveis para nós mesmos aos nossos olhos e tornar o mundo mais aceitável vendo a ordem por detrás.
Por outras palavras, tente ver a relevância do ensinamento na sua vida. Não faça do Vedānta uma teoria para ser meramente lembrada ou entendida.
Não tenha compartimentos entre a vida e Vedānta. Deixa que o Vedānta se reflita na sua vida. Isto é uma coisa.
A segunda coisa é que possa haver dharma nas nossas vidas, valores nas nossas vidas.
Muitas vezes as pessoas separam o Vedānta e o dharma. Pensam que Vedānta é uma coisa e os valores morais são outra. Então, se você estiver a estudar Vedānta, você não precisa de se preocupar com os valores morais. Isto está errado. Sem seguir os valores na vida, você não pode ter uma assimilação do Vedānta. Portanto, sigam os valores: ahimsa, não magoar as pessoas, honestidade, não enganar ninguém de forma alguma e ser um contribuidor o máximo que puder. Portanto, desta forma, se seguirem o dharma, seguirem os valores, então a nossa assimilação de Vedānta será melhor. De forma que progrediremos mais na nossa busca por moksha.
Portanto, o Vedānta não é meramente para ser estudado, Vedānta é para ser vivido, no sentido em que o refletimos nas nossas vidas. Não é teoria e prática. Eu não disse ‘pratica Vedānta’, eu não usei essa palavra. Eu disse: deixe o Vedānta ser refletido nas nossas vidas…
Significa que a visão de Vedānta é assimilada na vida de tal maneira que a vida e Vedānta não permanecem como dois compartimentos, eles se tornam uma entidade integrada.
Então é isto que podemos fazer nas nossas vidas para ter um progresso melhor no Vedānta, além de estudar regularmente”.
Bons estudos!
Hariḥ oṃ
Alberstslund, 10 de Janeiro de 2022
Fabrícia Eisted
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Testemunho dos Alunos – Sandra Colaço
Como muitas coisas que não acontecem quando queremos, mas quando estamos preparados para elas, assim entrou o Vedānta no meu dia-a-dia.
O primeiro contacto que tive com o professor Paulo foi na Freeflow numa Pūjā. Já praticava Yoga há vários anos e tinha alguns conhecimentos da Pūjā mas nunca tinha participado de uma cerimónia tradicional, e foi muito especial.
Ficou em mim a semente de querer aprofundar mais sobre Vedānta, sobre o conhecimento de mim mesma, confesso, que tinha receio do compromisso, se iria ter tempo, capacidade de entendimento … alguns anos se passaram e foi durante um Workshop de Pūjā que o caminho se abriu ao receber o meu mantra pessoal. Desde esse momento uma revolução aconteceu, a prática do mantra pessoal diariamente, começa como sendo uma pequena luz que de dia para dia aumenta eliminando a escuridão.
Comecei o curso da Bhagavadgītā, o estudo das Upaniṣads e no presente nem recordo o tempo em que o Vedānta não estava presente na minha vida.
O professor Paulo conseguiu algo maravilhoso de unir várias pessoas, que se encontram em vários pontos do mundo, com diferentes experiências de vida, passadas e presentes, e unir-nos a todos. Toda a minha gratidão por ter esta maravilha oportunidade de receber este conhecimento, de me ter tornado mais leve com a vida e a vida comigo, e com todos os outros seres.
” O mundo não é mais que aquilo que fazemos dele todos juntos” ( Prof. Paulo Vieira )
Namaste
Sandra Colaço
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Testemunho dos Alunos – Isadora Reis Rodrigues
Vedānta, uma jornada transformadora
Já faz alguns anos eu embarquei numa jornada, uma jornada transformadora. Uma viagem que se faz com a alma, e também um exercício que se faz com o coração.
Me tornei estudante de Vedānta.
Quando chegou, o Vedānta foi na minha vida como uma onda que bate na areia da praia e modifica quase tudo que por lá estava. Eu sinto ao olhar para a Isadora que começou esta jornada, como se ela tivesse tivesse tornado-se realmente uma outra pessoa. Das tantas coisas que me marcaram e que me tocaram profundamente, guardo em um lugar especial o senso de liberdade que construímos ao longo do estudo. Uma alquimía muito particular e delicada, criadora de espaços. Junto dos versos e dos textos que repetimos e estudamos, junto das palavras que ouvimos, vai brotando um espaço, um desenlace, um senso de aceitação, e uma fluidez com os acontecimentos da vida.
Lembro como se fosse ainda agora o dia em que parei para observar por onde andava meu coração, e com muita surpresa e muita felicidade percebi ter dissolvido algumas marcas emocionais que acreditava serem extremamente sólidas. Esse amadurecimento emocional me emociona demais, e sinto-me de coração muito mais aberto. Esses passos obviamente não são nem lineares nem constantes, a tal impermanência que tanto ouvimos falar.
Mas talvez seja mesmo nos períodos mais estanques, onde o ruído da mente fala mais alto, e as dificuldades da vida nos pegam, que o estudo se mostra um suporte ainda mais importante. Por que sentimos nunca estar sós. O estudo, o professor, e o grupo com quem estudamos se transformam em um sistema de apoio, e parece-me uma grande benção andar assim acompanhada pela vida.
É muito poderoso e transformador contemplar quem realmente somos. E como diz uma música de Violeta Parra “va brotando, brotando, como el musguito en la piedra”, aos poucos vai brotando mais lucidez, mais amor, mais compaixão, mais força..
E termino com estas palavras do meu querido Professor Paulo que tanto já me inspiraram, cuide dos outros com a delicadeza de quem cuida das flores e cuide de si como a um diamante; por que assim somos, uma mistura da fragilidade e da beleza das flores e a firmeza e força dos diamantes.
oṃ Namaḥ Śivaya,
Isadora
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Testemunho dos alunos – Rute Lynge
Bom, Eu sempre fui uma buscadora, e tudo começou com o Mahābhārata!
Assisti o filme legendado em português, seguindo referência através de uma escola de filosofia.
Eu nunca tinha ouvido falar a respeito dos Vedas, e este filme tocou tao fortemente meu coração e meu intelecto também.
Imaginem um épico a mais de 5.000 anos atrás, tratar da complexidade do ser humano em todos os seus aspectos, através de uma Guerra, que é a consciência humana.
Eu me senti em casa, enxerguei-me em todos os personagens e segui a procura de um professor de Vedānta, como foi recomendado pela tradição.
Na verdade, senti um alívio, uma sensação de não me sentir mais sozinha, mergulhada em minhas dúvidas e receios.
Conheci o Professor Paulo através de um Satsaṅga on-line com o Pr. Jonas, o qual fui aluna da turma Ganga. E logo depois iniciei os estudos, com Pr. Paulo, nas turmas regulares da Bhagavadgītā e Upanishads, já há quase 3 anos.
O Professor Paulo não somente segue a tradição, ele a vive e transmite os ensinamentos aos alunos, com muita devoção, dedicação, humildade, sabedoria, empatia e compaixão.“Nós somos todos Um”
Para mim foi o “pulo do Gato”, quebrar o tabu da autoridade de um Deus punidor, aprendendo com isso a ter Śraddhā, a confiança e entrega. Sem Śraddhā, o entendimento não acontece. Mas o professor segue sempre segurando as mãos de cada aluno, no mergulho intenso, através dos ensinamentos na busca de si próprio, nessa montanha russa de emoções e sentimentos da nossa complexidade humana.
Eu agradeço a todos os mestres da tradição até meu Mestre Professor Paulo e também a todos que fizeram e fazem parte da minha vida, inclusive ao “Deus Punidor”, pois sem cada acontecimento, não estaria aqui, em paz como estou, tendo a coragem de seguir em frente a busca de Mokṣa.Agradeço também a todos do Instituto, os quais contribuem para que o ensinamento seja acessível a todos.
A todos vocês, minha gratidão e meu sincero Namaskāra
Rute A R Lynge
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Testemunho dos alunos – Milene Barros de Souza
Estudar Vedānta é um processo diário de desconstrução e construção, é decidir acabar com a ignorância sobre si e empreender uma viagem para dentro de si para depois, tal qual uma flor ir desabrochando no tempo certo.
Em junho de 2018 encontrei o professor Paulo pela primeira vez, num evento que estava presente também professor Jonas, na época meu professor . Estudar com professor Paulo é estar seguro de aprender com quem vive o que ensina; É extremamente importante se sentir amparada e cuidada por essa tradição e o professor Paulo está sempre ali, atento aos pequenos sinais, pronto para apontar um caminho sempre.
Gratidão professor , tem sido uma
Jornada intensa , mas valiosa !
Honro e agradeço a todos os mestres de todos os tempos, a todos que se dedicaram para que eu pudesse chegar até aqui, agradeço em especial ao professor Paulo, para você e todos os mestres meu Namaskaram.Agradeço também a todos que se dedicam no crescimento do instituto, nosso ponto de união e aprendizado.
Milene Barros de Souza -
Testemunhos dos Alunos – Raimundo Ferreira
“Quem eu sou?”
Ao chegar aos quarenta achei que era altura de controlar a mente e pensei que a solução estaria na meditação. Num curso de meditação foi-me apresentada a questão “Quem és tu?”, todas as respostas que obtinha não faziam sentido. Comecei a minha procura pela resposta, aprendi muito neste meu caminho, conheci muitas pessoas e práticas que me marcaram, mas não obtinha respostas. Ao deambular pelo YouTube deparei-me com uma entrevista que me mexeu, o entrevistado falava sobre que sempre fomos livres e sobre a necessidade de ter um Mestre. Marquei um encontro no Porto com o entrevistado desse vídeo, Professor Paulo Vieira, com quem troquei umas palavras e arranjou-me uns livros de Vedānta. Depois de ler o Tattvabodhaḥ, decidi frequentar um curso de um fim de semana com o Professor Paulo, deu para ter uma noção do que era o Vedānta e como seriam as aulas. Cada um tem os seus critérios para seguir um Professor/Guru/Mestre, para mim alem do conhecimento e da capacidade de transmitir esse conhecimento, coerência, valores, etc., tem que haver uma ligação mais profunda que vai alem da simples erudição. O Professor Paulo, para alem do conhecimento e a profundidade que desenvolve os assuntos, o que me cativou foi a sua entrega, simpatia, descontração, paciência e pelo carinho, preocupação e cuidado com os alunos. A sua preocupação contante com as necessidades dos alunos verifica-se na criação de cursos mesmo em áreas acessórias como por exemplo a turma de Sânscrito, que frequento. A equipa do Centro Ārṣavidyā tem demonstrado muita dedicação na divulgação do Vedānta, criando múltiplos canais de comunicação e apoiando o Professor. A união faz a força e é com todos os colegas que vamos apoiando uns aos outros, nos desafios e nas dúvidas colocadas ao Professor para cada vez mais o conhecimento possa crescer em cada um de nós. Acho fascinante com o Vedānta por ser lógico, fundamentado, torna a vida muito mais simples e leve. Que todos continuem com o excelente trabalho. Gratidão Professor por me aceitar como aluno. P.S. Relativamente à pergunta inicial, intelectualmente é muito fácil, mas … um dia de cada vez.
Raimundo Ferreira